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Onde você tem encontrado o seu MOTIVO para AÇÃO?

Por Dulcineia Alcock

Este final de semana tive uma conversa interessante com o meu marido sobre a palavra “motivação“. Ele está lendo um livro que defende que o que frustra as pessoas em seus trabalhos é a ausência de um “porquê“. A maioria das pessoas trabalha apenas em função do “o que” e do “como“.

Mencionei a origem da palavra motivação: motivo para ação. A própria palavra “motivo” já tem inserida a coisa do movimento, do motor. O que move alguém a agir, a fazer o que faz?

Ele me lembrou que a motivação não é necessariamente uma palavra positiva: você pode ser movido pela ameaça de um desemprego, pela pura necessidade  de pagar as contas, pelo medo. Num sentido positivo, você pode ser movido pela possibilidade de uma promoção, gostar do trabalho, por comprometimento.

Eu o lembrei que a motivação pode ser externa – quando um fator “fora” de você o estimula a ação: a pressão do chefe, a escola das crianças. Ou pode ser interna: atingir a excelência, amor por uma atividade, superação. E aí ele resolveu chamar a motivação interna de inspiração.

Com essa diferenciação em mente, eu te pergunto: o que te inspira?

Se você  refletir e descobrir que se levanta todas as manhãs unicamente por causa de uma motivação externa, ótimo, já é um começo. Mas é provável que você não se sinta completamente pleno.

Não que alcançar objetivos movidos externamente não traga uma certa realização: um pai que lê este artigo pode argumentar que se sente realizado por ter possibilitado uma faculdade aos seus filhos, por exemplo. Mas eu falo de uma plenitude interna e pessoal.

Há pessoas que conseguem trazer isto para o seu trabalho: trabalham com o que as inspira. Há aqueles que conseguem imprimir um significado para o trabalho que realizam, de forma que encontrem inspiração nele. Mas você pode também encontrar inspiração em outras coisas paralelas ao seu trabalho, e que vão aumentar essa sensação de plenitude – muitas pessoas encontram isso no trabalho voluntário, por exemplo.

Alguns inspiram-se ao inspirar outras pessoas: ser mentor de um colega com menos experiência,  ou “adotar” um jovem criado pela mãe, sendo uma figura paterna com quem ele pode contar.

Você pode ser inspirado por um valor, por exemplo: no meu caso, a liberdade. Ela serve de critério para as minhas escolhas.

Se você não sabe nem por onde começar, a escritora Brené Brown sugere um exercício: faça uma lista das coisas que são importantes pra você. Ela fez isto com a sua família e descobriu que nada que ela poderia adquirir, comprar, estava na lista.

Você vai descobrir que sua inspiração provavelmente não venha de coisas que estão sempre lá na frente – “quando eu emagrecer, quando eu me formar, quando eu pagar a casa”, e que quando chegam, trazem uma alegria momentânea porque daí você precisa “tonificar, fazer o mestrado, comprar uma casa maior”.  Você já tem tudo o que precisa para agir, e pode encontrar inspiração no que você já faz – só precisa se dar conta disto.


Dulcineia Alcock é Life Coach, certificada pelo NeuroLeadership Group em Londres.

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