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Desculpe… mas eu não entendi!

Por Onófrio Notarnicola Filho

A tecnologia a serviço da aprendizagem corporativa gera um novo modelo disruptivo, na redução dos Gaps dos profissionais High Performance Executive e os demais pobres mortais colaboradores. A educação adaptativa(adaptive learning), a serviço da gestão do conhecimento empresarial.

A sobrevivência humana, frente à ameaça da sua extinção, ocorreu em razão da cooperação e troca de informações entre seus pares e/ou semelhantes, portanto o conhecimento das pessoas só é possível através das múltiplas experiências e trocas de sensações, impressões e dos feedback´s nas coletividades e não  é diferente nas corporações.

As diversas características que nortearam as nossas gerações – destacaram-se a cada época à sua notória importância. Desde a primeira era da computação, chamada de sistemas de tabulação, quando em 1886 o inventor: Hollerith criou uma empresa chamada TMC-Tabulation Machine Company e depois em 1911, esta associou-se a outras três empresas e estas quatro empresas constituíram uma nova corporação conhecida na época como: Computing Tabulating Recording Corporation e por conseguinte, pela gestão e presidência de Thomas J.Wason originou a nossa conhecida IBM.

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Já em 1949, período marcado pelo início dos sistemas programáveis, no laboratório da Universidade de Cambridge, o professor e cientista Inglês Maurice V.Wilkes, desenvolveu o que o mundo chamou do primeiro computador eletrônico digital, criando portanto o “EDSAC”. Além de diversas outras facilidades para a computação, construindo uma biblioteca de pequenos programas, batizados de sub-rotinas que utilizavam cartões perfurados com a velocidade de 714 operações por segundo, representando um verdadeiro absurdo pelos especialistas e pesquisadores acadêmicos daquela era. Com isto é claro, tivemos em continuidade a várias outras gerações que marcaram a sua existência como: os supercomputadores, redes LAN´s-Local Area Network e WAN´s –Wide Area Network, internet e mais recentemente o Big data e tantos outros sistemas de armazenagem e interações, além da computação em nuvem(Cloud Computing).

Vivemos hoje, o que se chamou de “Era da Informação”, ou mesmo era digital, que surgiram após a terceira revolução industrial, em meados dos anos 40, bem no final da 2ª guerra mundial; tratando de temas mais complexos como o estudo do ciberespaço, onde os componentes e matrizes principais estão muito bem representados pela instrumentalização dos meios de comunicação da informação e uso massivo da internet. Sejam eles nos setores da saúde, educação, e-commerce, financeiros e tantos outros, além é claro da adoção de sistemas de gestão empresarial como os ERP´s-Enterprise Resource planning, CRM-Customer Relationship Management, LMS-Learning Management Systems, sistemas que integram e gerenciam as redes sociais, também voltadas as aplicações corporativas e internet das coisas(Internet of Things – IoT).

E agora, mais recentemente, a partir de 2011, desponta um novo período, classificada pela IBM, como a era da computação cognitiva, que surge para resolver, de forma disruptiva, os principais problemas nos processos, não somente da aprendizagem corporativa, como aos processos de negócios nas organizações, independentemente do seu porte (pequeno, médio e principalmente no grande porte) para os mais diversos setores econômicos (saúde, serviços, financeiros, indústria e comércio e outros), que necessitam das informação como fonte fundamental para a sua manutenção e crescimento nos seus mercados de alto valor agregado.

A grande verdade é que todos nós temos em nossas mentes, uma coleção de conceitos e representações de formas, figuras concretas ou mesmo abstratas sobre as coisas. Para aquelas que não temos, o nosso cérebro faz uma pequena faxina à noite quando dormimos, separando as coisas que não tem sentido das que nos apresenta significado.

A diferença de sentido para significado?

Muito bem…sentido é mais individual e o significado tem conotação social.

O ser humano tem que aprender e sempre (é o único  ser que não nasceu completo). Nós, indivíduos, temos que construir a nós mesmos! Os demais animais já nascem completos, por exemplo, os cães e gatos não precisam aprender a emitir seus ruídos, diferente de nós, que temos que aprender a falar…

A interpretação dada a aprendizagem cognitiva está intimamente ligada ao que o psicólogo norte americano David Ausubel classificou como uma estrutra hierárquica de conceitos, semelhantes a outro autor, epistemólogo e psicólogo suíço chamado Jean William Fritz Piaget, mais conhecido como Piaget. Este processo de uma forma simplista sem muitos detalhes, representam a organização de algumas entidades conceituadas por Piaget como esquemas operacionais e para Ausubel de simplesmente são os conceitos. E também para Piaget os elementos que compõem a estrutura cognitiva incorporam os aspectos dinâmicos para Ausubel ele chamou de elementos estáticos para o nosso aprendizado.

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E em resumo…como esta estrutura, proposta por estes dois brilhantes pesquisadores e autores pode e deve ajudar as empresas no aprendizado corporativo?- frente as novas demandas pelos diferenciais competitivos, que não mais simplesmente o preço do seus produtos e/ou serviços no mercado?-muito bem…segundo informações recentes do presidente da IBM-Brasil, Rodrigo Kede, nos próximos dez anos veremos na computação cognitiva o mesmo progresso e maturidade que alcançamos nos dez anos anteriores na área de mídias sociais. Desta forma, teremos uma verdadeira disruptura nos processos de aprendizagem, não somente nas Instituições da educação a distância como em nossas organizações, sejam elas de qualquer porte. O barateamento dos recursos da T.I. e principalmente os modelos de ofertas de outsourcing de TI, tornaram possível esta nova adoção da computação cognitiva com a integração dos dados obtidos dos sistemas: Big Data, Business Intelligence e tantos outros sistemas nas corporações, notoriamente os dados extraídos das redes sociais. O uso destes sistemas que incorporam a computação cognitiva tratam de soluções tecnológicas de uso ilimitado, estamos falando de dados depositados em sistemas do Big Data que correspondem a 80% de dados não estruturados, perdidos sem qualquer condição de acesso com as ferramentas extratoras de dados(ETL´s) tradicionais, portanto neste momento são ricos em informações que poderão sofrer, através das ferramentas mais avançadas da computação cognitiva, às interpretações em processos de aprendizagem sem limites ,para a criação de novos modelos de negócios corporativos, nunca antes imaginados em toda a nossa história, na adoção das tecnologias emergentes, que vieram para ficar, além é claro na formação dos colaboradores, frente aos dados que também serão coletados nas mídias sociais, como facebook, twitter, linkedin e outras que virão.

Esta nova maneira de entender os colaboradores com o uso da aprendizagem cognitiva, tornará muito mais viável os processos de retenção de talentos e principalmente escolher os seus principais profissionais, tornando-os multiplicadores, formando verdadeiros Super Star, na formação da cultura organizacional, preservando e transformando não somente o capital humano, mas também; prevendo novas situações de mercado e novas oportunidades de negócios! O uso de um sistema que aprende de forma constante, utilizando a base considerada perdida dos dados não estruturados, durante muito tempo, e agora poderá: acessá-la, transformá-la e aprender com o novo modo de fazer negócios de forma global. Surgirão novas empresas prestadoras desta natureza de serviços, além de novas empresas, estruturadas por novos empreendedores de “plantão”, atentos as essas novas oportunidades. Teremos sem duvida uma revolução, muito superior ao que foi a 3ª revolução industrial no mundo.

Do ponto de vista prático, para o agora, na formação dos colaboradores , as organizações deverão concentrar-se na adoção da computação cognitva e procurar desenvolver projetos educacionais corporativos, com o apoio de consultores externos em processos de aprendizagem adaptativa(adaptive learning), baseadas em problemas (PBL-Problem Based Leaning) e respostas às questões e necessidades corporativas, na escolha estratégica destas duas metodologias que são pedagógicas e didáticas para o aprendizado do(s) colaborador(es), aplicadas e consagradas inicialmente em Instituições de ensino básico, fundamental e também nos cursos de graduação e pós-graduação em todo o mundo, nas últimas trinta décadas, mostrando-se extremamente viável nos mais diversos estudos e pesquisas na avaliação de desempenho dos profissionais formados por estes métodos.

Para o caso da metodologia da aprendizagem adaptativa, ou como é mais conhecida mundialmente como método adaptive learning, traz a resposta a questão inicial do presente artigo quando nos deparamos com um aluno que levanta a sua mão, dizendo que não entendeu a exposição do professor, e muitas vezes; ocorrendo também em nossas tentativas de eloquências fracassadas na transferência de conhecimentos, em nosso cotidiano nas empresas, frente às dúvidas dos integrantes das nossas equipes funcionais e/ou operacionais, independemente do setor ou área que ocupam.

Como resposta à este dilema no aprendizado, precisamos conhecer muito mais destes colaboradores quanto: seus hábitos, culturas, valores e demais detalhes do seu aprendizado “significativo” e “sentido” para os conceitos, que muitas vezes quando expomos não faz parte do seu linguajar e muito menos da sua cultura e valores, criando verdadeiras barreiras no aprendizado corporativo, que podemos acessar com mais detalhes as exposições do autor David Ausubel. Vários exemplos e estudos de casos, poucos ainda no Brasil, é verdade!- encontramos os resultados de conteúdos que serão expostos aos novos profissionais e também para os veteranos profissionais nas empresas, o que faz sentido em suas vidas e interpretações, de acordo com o seu perfil e cultura, já adquiridos ao longo da sua vida pessoal  e profissional. Quase que um aprendizado personalizado, one-to-one, alocando conteúdos e mensagens e modelos cognitivos que tornam o aprendizado eficiente e muito mais prazeroso, e o mais importante…reduzindo os Gaps, que são verdadeiras lacunas formadas entre os seus principais executivos e os demais profissionais que não tem a mesma cultura e no passado as vezes, não tão remoto, o devido acesso a uma base de aprendizado escolar, mais direcionada aos trabalhos e ou tarefas, representadas pelos desafios empresarias, onde  estão ou estarão alocados como novos trainees ou mesmo estagiários. Como então prepara-los?

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Processo de aprendizagem corporativa – modelo cognitivo

O exemplo do portal de educação knewton.com, empresa com foco essencialmente no aprendizado com  os processos do adaptive learning, nos mostra os ganhos de alunos e grupos de alunos que através das trocas das informações, durante os processos de aprendizado os melhores destacados por estes grupos em comparação aos demais grupos de alunos sem o uso deste inovador processo adaptativo, a vantagem adaptativa reduz as lacunas no desempenho; é o que buscamos na formação do aprendizado corporativo com a adoção das novas tecnologias. Muitas organizações deixaram de fazer e atender aos seus tradicionais processos e muitas também terão sucesso na retenção dos seus principais e escolha de novos talentos adequados ao momento e desafios das novas funções empresarias.

Referências:

História da informática – acesso em:01-04-16 – http://www.ufpa.br/dicas/net1/int-h180.htm#1890

Era cognitiva – IBM Watson – acesso em:01-04-16 – http://www.ibm.com/cognitive/br-pt/outthink/?cmp=C3570&ct=M16601AA&cr=Google&cm=K&csr=iotbr|ca|q12016&ccy=BR&cd=2016-03-07&ck=Search_KW&S_TACT=M16601AA&cot=a&cpg=FALSE&iio=CHQ&mkwid=s2HBrjiVm-dc_93299579683_432kjo9201

Newb Adapt Learn – http://www.newb.com.br/

Knewton – acesso em: 02-04-16 – https://www.knewton.com/blog/adaptive-learning/

Theories of Learning in Educational Psychology – acesso em:03-04-16 – http://www.lifecircles-inc.com/Learningtheories/constructivism/ausubel.html

David Ausubel e a aprendizagem significativa – acesso em:03-04-16 – http://revistaescola.abril.com.br/formacao/david-ausubel-aprendizagem-significativa-662262.shtml

Adaptive learning creates more effective training-acesso em:04-04-16 – http://www.computerworld.com/article/2490380/it-skills-training/adaptive-learning-creates-more-effective-training.html?nsdr=true